Desde os tempos remotos, as florestas possuem funções econômicas relevantes. Durante milénios o ser humano usa a madeira e a lenha para satisfazer suas necessidades, porém muitos outros produtos advindos das florestas passaram despercebidos.
As florestas naturais e plantadas produzem Produtos Florestais Madeireiros (PFM) e Produtos Florestais Não Madeireiros (PFNM) e ambos possuem funções socioeconômicas de altíssima relevância.
Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), 1.200.000.000 ha (30%) das florestas tem função primária de produção de PFM e PFNM e estima-se que 949.000.000 ha (24%) estão designadas para uso múltiplo. As áreas designadas para fins produtivos estão diminuindo, uma vez que as florestas estão sendo designadas para outros usos, em contra partida as áreas de uso múltiplo estão aumentando.
Em 2005, as extrações de madeira registradas mundialmente foram de 3.400.000.000 m³ anual, volume semelhante ao registrado em 1990. Porém sabe-se que esse valor é muito superior, uma vez que a madeira extraída ilegalmente ou informalmente não é registrada. No período compreendido entre os anos de 2003 e 2007 o valor mundial das extrações de madeira foi estimado em um pouco mais de US$100.000.000.000 anuais.
O valor das extrações dos PFNM, em 2005, foi de aproximadamente US$18.500.000. Contudo esse valor é subestimado, visto que faltam informações de muitos países nos quais os PFNM são de extrema importância, sendo muito utilizados para subsistência, e raramente são contabilizados, desse modo as estatísticas não são capazes de englobar o valor real de PFNM extraídos.
Os benefícios socioeconômicos das florestas consistem em melhorar a qualidade de vida e satisfazer demandas básicas do homem como necessidades de alimentos, energia, abrigo, renda e saúde, contudo ainda falta informação sobre como as florestas beneficiam grupos específicos como mulheres e grupos indígenas.